Raiva e medo é o que sinto.
Raiva de mim, por ser assim, ingénua, de acreditar em tudo e todos. Por mais que negue, eu acabo sempre por cair nas mais pequenas rasteiras da vida.
Medo, pois sendo assim, tão ingénua, não sei o que poderá acontecer no futuro se me deixar levar nesta pequena grande inocência.
Neste meu momento, preciso da segunda pessoa do singular: Tu! Mas quem é este "Tu"? Não sei ao certo, só sei que é alguém que eu conheço e quem eu posso confiar plenamente, mas sem dúvida que esta confiança não surgiu da minha ingenuidade. Não, esta tenho a certeza que não, desta vez eu não me estou a enganar! E "Tu" deverás estar a pensar, mas porque precisas de mim? Eu respondo...estou perdida, preciso de ti a meu lado, da tua amizade, conforto e protecção, para não me magoar.
Quem quer que sejas "Tu", por favor, quando me encontrares promete que me olharás nos olhos e não dirás nada. Apenas abrirás teus braços e envolvê-los-ás em meu redor com a maior das tuas forças, como quem dirá "Eu estou aqui para o que precisares! Eu protego-te e nunca te abandonarei!"
E no fim uma lágrima cairá e a mágoa desaparecerá.